sábado, 26 de dezembro de 2009

Silêncio


Olho-me no espelho e nada vejo só um grande e imenso vazio... O espelho reflete apenas o cômodo no qual me encontro paredes, porta e janela.
Paro e reparo que uma lágrima começa a escorrer no canto do meu olho esquerdo, fazendo-me perceber que esse grande vazio sou eu.
Represento um nada, apenas um ser cheio de mágoas e angústias, vivendo em mundo que a encaram-na como um simples borrão em meio às cores e nobres pinceladas.
Os poucos sentimentos que aqui se encontram estão se degradando pouco a pouco, viraram pó e se dissipará por entre as ruas junto ao meu corpo.
Sou apenas mais um que habitou esse mundo e que tentou de todas as formas ter voz diante das pessoas, tentou mostrar que possui um coração e junto com ele uma série de sentimentos e que ao contrário do que os outros pensam e o que o espelho reflete, eu sei que eu não sou um nada.
Meu corpo, minha mente, minha alma, estão cansados de tentar lutar por uma causa que já se encontra perdida. Só tenho vontade de sumir, ir embora para um lugar longe onde não pudesse ser um fardo na vida deles. Porque é isso que me tornei nesses longos anos.
Gostaria que o meu corpo parasse de tentar ser forte e desistisse de batalhar. Fazendo-me sumir de uma vez por todas e junto com isso me fazendo feliz.

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