segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Surpreeeeesa!

É estranho ser pega de surpresa, dizem que surpresas sempre são boas, mas acho que as pessoas que pronunciam tal afirmação estão claramente enganadas.

Fui pega de surpresa e garanto que não foi uma das melhores. Pensei que naquele momento o mundo tinha desabado sobre minha cabeça, que o chão estivesse sumido e eu caísse em um poço sem fim, escuro e frio. Garanto-lhes que não foi lá uma das melhores sensações que tive em minha vida.

Por um segundo pensei que não iria suportar, mas tive de me conter... não estava só, haviam pessoas ao meu redor e como qualquer pessoa antes de cair no choro diante de tanto olhares pensaria, eu pensei: “não posso dar vexame, e acima de tudo tenho que mostrar minha superioridade e maturidade diante de situações difíceis.”

Suportei...

Desviei o olhar e comecei a buscar pensamentos que não condiziam com a situação, que me levassem a outra realidade, provas, amigos, família, chá gelado, brigadeiro, fim de tarde, fotos, livros, filmes, músicas... fugir do momento, sair correndo daquele lugar, era tudo o que o meu coração desejava naquele instante. Meus nervos estavam à flor da pele, meu coração batendo num samba dobrado, mão suando, lágrimas a ponto de jorrar como uma cachoeira...

É... eu precisava sair dali, o quanto antes possível.

Queria que tudo aquilo fosse ilusão, que fosse um sonho, daqueles sonhos que parecem reais que até acordamos afobados. Mas não era. Estavam ali, na minha frente, porta escancarada pra todo mundo ver. Parecia que tinham jogado um tremendo balde de água fria na minha cabeça.

Saí de lá altamente atordoada, incrédula de tudo. Completamente a deriva.

Minha cabeça estava a mil, sendo bombardeada por questionamentos, que parecia não ter fim. Por quê? Como? Será mesmo? O que devo fazer? (...)

Um filme passava diante dos meus olhos, todos os momentos que passamos juntos agora desmoronavam tudo o que eu conseguia sentir era um aperto no peito, uma vontade incessante de chorar.

Sou assim tão frágil? Tão sentimental? Ou qualquer pessoa que passasse pelo que passei agiria dessa mesma maneira?

Queria xingar, gritar, espernear. E ainda quero.

Dizem-me que isso logo, logo vai passar e que não será a primeira vez e nem a última que passarei por uma situação como essa ou parecida.

Não quero saber se vou passar por isso novamente ou não. Quero apenas, que essa dor cesse que eu possa abrir as portas do meu coração novamente.


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